Ninguém fez nada. Apenas atreveram-se a sulcar um mar desconhecido. E supostamente, amaram-se rodeados daquele casco que os levava por mares de todas as cores. Ninguém fez nada. Ele há muito que vivia dos beijos das ondas e conhecia as suas profundezas, e acreditava em sereias. Ela, simplesmente começou amar o céu, o mar e a ele. De momento apenas percorrem o infinito sem rumo, levantando de novo as velas a cada naufrágio e enquanto não repousam nas areias douradas do fundo do mar, permanecem estendidos e solitários no mar das palavras
Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve... — mas só esse eu não farei. Uma palavra caída das montanhas dos instantes desmancha todos os mares e une as terras mais distantes... — palavra que não direi. Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho vestidos noturnos, — que amargamente inventei. E, enquanto não me descobres, os mundos vão navegando nos ares certos do tempo, até não se sabe quando... Cecilia Meireles. Um lindo poema para fundir-se às tuas palavras Poeta!
Dava tudo (maneira de dizer) mas, quase tudo, para acordar com um beijinho teu ...
se tu és quem eu penso. Senão, diria assim: dava tudo, quase tudo, para acordar com um beijinho dele.
Um beijinho para ti, um beijinho alegre, ao mesmo tempo tristonho, salgado, ao mesmo tempo doce... Quem sabe, se fui eu que te acordei hoje com um beijinho.
7 comentários:
Sei remendar um rombo num casco.
Ninguém fez nada. Apenas atreveram-se a sulcar um mar desconhecido. E supostamente, amaram-se rodeados daquele casco que os levava por mares de todas as cores. Ninguém fez nada. Ele há muito que vivia dos beijos das ondas e conhecia as suas profundezas, e acreditava em sereias. Ela, simplesmente começou amar o céu, o mar e a ele.
De momento apenas percorrem o infinito sem rumo, levantando de novo as velas a cada naufrágio e enquanto não repousam nas areias douradas do fundo do mar, permanecem estendidos e solitários no mar das palavras
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
— mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
— palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
— que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
Cecilia Meireles.
Um lindo poema para fundir-se às tuas palavras Poeta!
Às vezes é mesmo nas palavras por dizer... e isso é que é uma pena... não dizer...
Um abraço
Uma vida fecunda numa viagem com tempestades e indescritíveis pôr-do-sol...
Obrigada pela visita.
Um beijo
Dava tudo (maneira de dizer) mas, quase tudo, para acordar com um beijinho teu ...
se tu és quem eu penso.
Senão, diria assim: dava tudo, quase tudo, para acordar com um beijinho dele.
Um beijinho para ti, um beijinho alegre, ao mesmo tempo tristonho, salgado, ao mesmo tempo doce...
Quem sabe, se fui eu que te acordei hoje com um beijinho.
Um dia maravilhoso para ti.
Marta,
Ou quem sejas, não te entendo, será de entender?
Porque apareces com o mesmo nome de outra pessoa.
Baralhar?
Não sou quem pensas na certeza, porque não existo para alem das palavras aqui.
O João marinheiro é uma criação literária...
Os beijos podem ser doces, espécie de açúcar na boca, ou salgados do sal do mar, do sabor das lágrimas.
Os dias podem ser maravilhosos ou penosos, depende para que lado sopre a saudade no pensamento
entendes...
Não entendas…
Abraço
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