quinta-feira, dezembro 29, 2011


..."Às vezes escrevo-te palavras que sinto intensas. Que saem de dentro a esvaziar-me todo, a alma ao avesso de mim, a alma ao comprido como uma queda na rua. Às vezes uma autêntica maré vaza, escoado. Maré viva de amplitude máxima. Como uma praia que já não é a nossa praia.

Ficam as pedras frias desnudas, a descoberto na praia da memória, a tal praia secreta no cabo do mundo que já não é.

Como escrever-te uma carta a falar de saudades sem sentir saudade tua..."

Fotografia de Barcoantigo em 2009

joão marinheiro

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