terça-feira, agosto 21, 2007

Pela madrugada...



Pela madrugada murmuras-me ao ouvido do outro lado do atlântico

– Hoje, sairia daqui até sem meus sapatos
para te encontrar... jamais perderia tempo em calça-los.

E eu imagino-te de olhos fechados bem juntinha a mim, a tua voz com sotaque.
E chegas no embalo da noite na cumplicidade das trevas
a ternura
e vens
pela madrugada
vens descalça a pisar o chão frio
um misto de prazer e dor
e depois
a surpresa das mãos dadas
a cintura cingida, o teu corpo junto do meu em rodopios no amanhecer
a musica ao longe é uma
musica celestial entoada pelas estrelas
e o sol adormecido, está para lá
do teu olhar ...
João 2007
Fotografia de Maria Corpas

9 comentários:

Maria disse...

Que esse sol não desperte....
... que esse sol nunca acorde...

Um abraço

Anónimo disse...

Sempre sensível a voar além dos sonhos!...
Gosto muito de estar aqui, nas palavras do Poeta!
Um abraço

tb disse...

:))))))))))
jinhos

RC disse...

"Porque mais importante que andar é descalçar os sapatos"...

Maria disse...

Como foi a travessia?

Abraço, daqui.....

Su disse...

belo esse sonho

jocas maradas de mar

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Muito belo este texto...

Lumife disse...

Grato pela visita ao Poéticus.

Já conhecia o Memórias Virtuais mas não este e outros espaços seus que irei ler com mais atenção.

Abraço

Pedro Pan disse...

, pela madrugada. os corpos se encontram em sintonia. e se desejam...
, abraços meus.

joão marinheiro

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