Fico aqui interminavelmente a imaginar-te a vinda à tua espera tardiamente a ida não chegamos e não partimos estamos desencontrados nas horas dos dias frios espero-te ainda que voltes hoje mais logo pelo entardecer e a tua silhueta recortada na praia em contra luz apetece-me e os teus cabelos soltos e negros ao longe confundem-se no negro da noite que chega a horas certas porque só essas são horas certas e as nossas não eu sei tu sabes e o tempo também e quando voltares estarei envergando a vela alva da nossa catraia para partir outra vez em busca do pão que o mar há-de dar na forma de sardinha prateada e viva mas agora fico aqui a imaginar o teu rosto e o brilho do teu olhar já te disse hoje que o vejo todo no mar o teu rosto e olhar...
joão 2007
Fotografia de Barcoantigo 2003
4 comentários:
(Re)ler-te em voz alta, bebendo cada palavra, até ficar sem fôlego...
Um abraço
Adorei, de um só fôlego, sem ponto nem virgula, com o esse teu toque, adoro o teu mar e o meu, os teus barcos, as tuas memórias e adoro-te a ti meu marinheiro!
Apetece(s)-me.
Incrivel! Cortas mesmo a respiração a quem te lê. Felizmente este foi um post curto senão... (também) a imagem está fabulosa.
Beijo
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