quarta-feira, junho 13, 2012

tu...

Tu!

Nem comento. Tudo como eu imaginava que és.

O mistério. O encanto. A doçura exótica e perfumada.
Sim, agora sei o brilho dos teus olhos
O cheiro do teu cabelo
O sabor dos teus lábios
Os labirintos do teu corpo esguio…


Tu!
Nem comento. Tudo como eu imaginava que és.


O frio no estômago, o aperto no coração, a surpresa, o desejo
A paz.
Gosto da paz que me transmites, da luz do teu rosto, o sorriso dos teus lábios
Do brilho com que os teus olhos vêem por dentro de mim
Desvendas-me os segredos, revelas-me os desejos
Desnudas-me completamente
E eu indefeso dou-te o abraço prometido faz tanto tempo.
O abraço imaginado
O abraço inventado
Enquanto o coração me soa nos ouvidos e o corpo treme
Porque és tu que me pões assim deste jeito adolescente
Desta forma enamorada.


Tu!
Nem comento. Tudo como eu imaginava que és.

Espero-te porque te sinto próxima
Tão próxima que sinto a brisa da tua respiração pausada
Enquanto dormes e eu te olho na penumbra da noite.
E sinto a ternura em mim
E te cubro de beijos breves para que não acordes
E eu não acorde do sonho de te ter ao meu lado
Enquanto as horas avançam precisas pela noite dentro
Em busca do alvor da manhã

Tu!
Nem comento. Tudo como eu imaginava que és.

Não te falei ainda do perfume do teu corpo que guardo
Do toque dos teus cabelos negros

Do moreno da tua pele
De ti completa. Inteira.
Um abraço intenso, longo, de amantes sem tempo
Porque o tempo nos separa ainda.
Cheiras a jasmim orvalhado e quente
Os teus olhos são pétalas que brilham negros na noite dos amantes
Como se todas as noites não fossem as noites dos amantes
Como se todas as noites não fossem noites de paixão e partilha
A noite nossa.
Como se todas as noites não fossem noites de amor


Tu!
Nem comento. Tudo como eu imaginava que és.

Porque tudo se torna estranho a esta latitude
Rumei finalmente a sul
Cruzei o equador e o mar é azul puro
E tremem as pernas
E bate acelerado o coração
E o tempo torna-se tão escasso em nós


E tu!
És tudo o que eu imaginava que és…


João Marinheiro Maringá 2012

6 comentários:

Maria disse...

... como se fosse uma nova descoberta, bonita!

Abraço.

Anónimo disse...

ai as saudades...

mar... disse...

Rumo ao sul,
PERFEITO...
Beijos com saudade do meu Poeta!

Borboleta com Asas disse...

Este sul de mar azul...este sul sem mar de navegar, mas de coração aberto e braços de te abraçar!
Não vais no vento nem na maré, não fujas mais, não te soltes não te abandones, a vida só te pergunta, onde andas-te marinheiro?

Bruxinha disse...

O mais bonito que já li! :)
Mas, como são raros os que leio... suspeito!
Abraço apertado do meu jeito!

tb disse...

e ainda bem que tudo era como imaginavas e querias, amigo marinheiro. :)
Que assim continue sempre.
Um grande beijo.

joão marinheiro

Page copy protected against web site content infringement by Copyscape