quinta-feira, março 22, 2007

Preciso de sentir entendes...


Aqueço-te as mãos. – Não! – Porquê? Estão frias!
Toco-te o cabelo agora – não! Porquê? Não posso?
Beijo-te – nem penses! Eu sei. Sou eu a sonhar. Sonho acordado quando estou junto a ti. Não sei sonhar a dormir. Preciso de sentir entendes…



...Faço progressos. Aos poucos aprendo a olhar-te olhos nos olhos. Perco os medos e os anseios. Aos poucos, nos breves momentos em que estamos juntos, te sinto à minha beira de roda de mim. Deixo cair as barreiras. Caem uma a uma, as pedras do muro que construí para me proteger. Dás-te conta do que és capaz. Dás?
Em breves momentos o que transformas em mim. Imagina. Conseguisse-mos parar o tempo e ter um tempo nosso, sós durante um pedaço do tempo. Imagina o que seria de mim sem barreiras sem muros, eu verdadeiro e puro a olhar-te no fundo dos teus olhos. Imagina. Eu sou capaz de imaginar. Imagino-te sempre, mesmo nas horas todas e são tantas em que não sei de ti.


joão marinheiro 2007
Fotografia Miguel Pereira/www.olhares.com

8 comentários:

Anónimo disse...

Sei que não existo para ti!
Tornei-me um nada, pois um anônimo não deixa de assim o ser (palavras tuas, gravadas na minha memória!).
Mas tu estás em mim...
Tornou-se para mim; mais que uma necessidade, um vício no vazio de minha alma...
Amo tanto estes momentos que me causam tamanha dor
E tu não sabes
E nunca saberas...
Pois é somente o tempo, o tempo que não é meu
Mas tu que nunca será de ninguém!

Anónimo disse...

imagina só

vou esticar-te até mais não
incendiar-te até pingar
fantasiar-te
de pirata
de ladrão
que me ata
ou me enlouquece
ou então
de pinga amor
ou cavaleiro
que me bebe
e que me toma
de corpo inteiro
ou de príncipe encantado
que me sobe torre acima
e que me mima
e me enlaça ternamente
ou de vidente
que se entranha
e me perturba
como quando me masturba
ou de sabido e convencido
ou então
de desvairado
que me alisa a relva
desbrava a selva
que há no meu fado
no meu peito
no meu colo
no meu leito.
de manhã és sossegado
á tarde já mudaste
e á noite já entraste
sorrateira e docemente
no meu filme mais ardente.

david santos disse...

Olá!
Estou de acordo. Só o sentir nos mostra o senyimento, a verdade.
Parabéns.

Anónimo disse...

Isto não é nada fácil; ou fazes de propósito ou é mera coincidência.
Sinto como que o meu pensamento explorado. Ao contrário de ti, eu sonho, lembras-te? Quem me dera que te aproximasses mais de mim e os teus olhos fitassem os meus enviando-me uma mensagem que só eu iria conseguir decifrar. É o único caminho que me apetece seguir agora mas..as barreiras obrigam-me a seguir por outro. Faço de conta apenas, que isto foi escrito para mim. E faço de conta que lhe estou a responder a ele...
Amei...

Desculpa mas hoje só a ti me identifico.

Clotilde S. disse...

Entendo os dias em que contamos os minutos como se fossem longas horas... e depois o estremecer dos dias que passam breves, quais segundos!
E depois o hábito ou a rotina ou o adeus...
Entendo que precisamos sentir.Haja poesia!

Maria disse...

Às vezes eu preciso de entender o que sinto...

Abraço

Anónimo disse...

Hoje,
comparo-te a um bom vinho, raro e especial! (aprecio muito um cálice de vinho)
não poderia dizer-te qual
e nem a safra à que pertences...
E nem importaria!

És suave ao meu gosto
Vezes... torna-se seco,
principalmente quando zanga-se, confesso não apreciar "gosto é gosto!" faço o quê?
Mas a cada dia torna-se mais e mais e mais embriagante e assim tem sido minhas noites...
Embriagada pelas tuas palavras!

Suspiros disse...

Como que o canto de uma sereia... ou o deslizar de uma serpente?
De qualquer modo, lindo!

:)

joão marinheiro

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