sábado, fevereiro 24, 2007

...Insinuas-te ao de leve
Como uma brisa que vem de noite
Sussurras-me ao ouvido
As palavras ternas que quero ouvir
Acordo surpreso
Deste sono mágico
Em que sonho contigo
E estás ai
Brisa, vento do alvor...

5 comentários:

Anónimo disse...

Sonhar ajuda a escrever. É um verdadeiro bálsamo. Mantém tudo. Acaba apenas com a dor.

Anónimo disse...

e a brisa do alvor, leva daqui do outro lado do mar
em beijinho a voar.
smaK!

Anónimo disse...

Especialmente hoje Poeta
Sinto-te
Especialmente
Especial...

joão marinheiro disse...

Mar

Não me sentes não. Nem hoje, nem ontem, nem amanhã.
Porque os sentires são o que queremos na nossa cabeça só. E aqui tudo é falso.
O poeta é um fingidor, disse Pessoa e eu concordo.
Sei que não deveria dizer o que digo desta maneira desprendida e fria de sentires.
Às vezes sou assim, os poetas são assim, já que me achas poeta…
Não sei quem és, não me interessa, mas às vezes respondo-te a ti, coisa rara, porque não sou de fazer comentários ou de respostas...
A escrita liberta-me só. Se te liberta a ti também. Hoje dou por bem empregue a minha escrita, sei que não é estéril de sentires, de emoções.
Só escrevo porque sinto.
Depois quase que se constroem os cais onde aportam. Onde embarcam e partem as pessoas.
As palavras são isso. O poeta é um mero gestor das palavras. O homem/mulher que lhe dá a mão e o braço e o sentir é uma coisa diferente. Às vezes está longe a observar. Parece que empoleirado no candeeiro da sala onde o poeta solitário extrai de dentro de si as palavras. Escrever é um acto solitário. Escrever, digo, é um sacrifício.
O sacrifício da escrita. O homem está preso o poeta não. Dai que a escrita liberte o poeta. O homem sonha a liberdade. Depois tudo é fácil.
Revelas-te um pouco quando falas da idade… Revelaste num comentário atrás onde falo de Taiguara esse poeta cantor fantástico esquecido no Brasil. Vou contar-te um segredo da minha memória. Acompanha-me até hoje o nome de um álbum de Taiguara. Um hino à liberdade dos povos uma obra-mestra da musica, um disco proscrito, lançado em 1976, dois anos depois da nossa revolução. Ainda sentíamos o cheiro dos cravos nas narinas, estávamos a aprender a ser livres. Taiguara lançou; Imyra Tayra Ipy e setenta e duas horas depois o disco foi retirado do mercado e perseguido pela ditadura militar e fascista do Brasil. Até hoje baila na minha memória inexplicavelmente…mas são só memorias minhas sem significado…
Espero que o poeta te continue a libertar os sentires e a avivar a memória tua tão recente…

Abraço imemorial do poeta.


Morgaine

Surpresa por eu estar a responder. Não sei se sonho. Sei que sinto o que é algo completamente diferente…
Por isso como disse atrás, escrevo.
Não o que queria.
Às vezes porque não encontro as palavras certas e os sentires passam velozes como o vento no rosto.
Nem sei se verdadeiramente é um bálsamo. Não acredito em pomadas milagrosas, em bálsamos curadores. Acredito em mim e em algumas pessoas. Tu sabes. Pessoas especiais. Assim como acredito na amizade que busco sempre.
A dor não acaba.
Adormece diluída no tempo.
Fica resguardada como um segredo. No sótão das memórias onde a luz não chega e amarelece. Fica de cor indefinida, mas está lá. Uma espécie de bacilo que transportamos adormecido no corpo e pronto a manifestar-se ao primeiro sinal. Tudo se mantêm inalterado. Às vezes sobrevive a amizade. A amizade no dizer de Luís Soares …”é uma coisa que nasce no quotidiano, não sabemos muito bem de onde vem nem como se constrói, vai surgindo por entre as frestas que o desejo impensadamente não cobre…”
Deve ser isso…

Abraço-te aqui e daqui.

Nena:

Poetisa das Beiras…Poetisa das brisas e das gaivotas no mar ao longe, das gaivotas brancas que me acompanham no voar dos pensamentos e dos sentires…
Obrigado por os partilhares comigo. Os teus sentires das palavras aqui.

Abraço-te aqui também e daqui.

Anónimo disse...

Apenas uma sílaba
três letras e nada mais...
Sabes apenas o necessário e nada mais!
É assim que permanecerei ao seu mundo falso
Já que compreendo o falso e o verdadeiro, como um nada, apenas dois extremos... duas ilusões.

Além do que falo, nada sabes de mim...
pois se o soubesse, jamais suas palavras falariam à mim em eco entempestivo com tanta razão sobre o meu sentir.
Três letras mágicas denominam a minha presença
Sinto que devo retratar-me...
Sem que eu o quisesse
passei a ler-te mais que eu própria o desejasse.
Virtualmente monstrou-me a tua alma!
Me perdoe... mas nada sabes do meu sentir.

Amanhã está por vir
Tudo agora está por morrer,
já não existe mais a luz
A noite cobriu o dia... o dia pereceu!
Vejo-o já como um passado
que me foi um presente, um presente pressentindo, um sorriso incontido
escondido... de um amigo virtual!

joão marinheiro

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