domingo, fevereiro 25, 2007

Dos poemas da Lua...IV

Saudade de amor teu



Deixa-me amar-te agora Lua
Tomar o teu corpo de assalto
Ser o guerreiro, o salteador
Levar-te comigo como troféu
Da minha guerra

Deixa-me amar-te agora
Que te desejo com sofreguidão

Vem comigo
Deita-te ao meu lado
Na minha cama tão grande
Vazia de sentir

Deixa-me possuir-te agora
Sermos um os dois entrelaçados
Sentir-te quente, húmida
De roda de mim

Deixa-me de novo
Saciar a fome em teus lábios suaves
Na quentura de tua língua
Ou no teu arfar excitada

Deixa-me ser imenso e ser mar
Mar saudoso de ti…

João marinheiro 2006

Fotografia de Barcoantigo

3 comentários:

Anónimo disse...

o álcool não adormeçe
só atordoa e atenua
o escuro
da noite sem lua.

Anónimo disse...

Sabia exactamente o vermeho de sangue que te iria escorrer da alma, como uma tinta, como um salpico de dor demasiado forte para o teu corpo magro. Não tenho coração,pensava nas noites em queficávamos a olhar o reflexo da lua no atlântico.
Tu contavas a história do duende prateado que tem de acender as luzes todas do mar da tranquilidade. Ele que prometeu ao sol que podia dormir descansado. Haverá sempre uma luz para espantar as coisas más(...)

à noite, se as nuvens me deixam, contemplo a lua, a luz branca da lua.
Cada vez que vejo o mar, considero-o inatingível. A lua é toda uma outra reflexão.
Na ilha - quando éramos nós - havia uma moldura da nossa felicidade em forma de Atlântico. Agora, em terra firme, longe de sobressaltos sismicos e outros, longe da ideia de que o amor e a felicidade são uma vocação que escolhemos, vou aprendendo a ouvir as folhas, a reparar nos desenhos que se fazem no céu,mesmo em cima da nossa cabeça. Vou percebendo que não percebo a luz da lua.
(Patricia Reis in Morder-te o coração)

Anónimo disse...

Mar e Lua... sonho e sedução.

Poeta
hoje, um abraço diferente
um abraço mais amigo
um abraço mais querido
um abraço mais apertado

joão marinheiro

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