Insistes Lua?
Para que eu desfaleça
E me perca num naufrágio imenso
Me renda vencido
E
Confesse o meu amor por ti
Seduzes-me lua!
A revelar-me em cada gesto, em cada acto
Num acto de contrição assumido
Um cântico lúbregue que ressoa
Escuto o eco entre os muros deste castelo prisão
Encantas-me lua!
E eu ando como alma vagueando só
Por entre as ameias e as torres
Deste castelo de fadas…
Escuto o teu canto como ninfa
Mas não te encontro
Quem és Lua?
Quem és?
Tu sabes Lua
Tu sabes…
Um dia vou amar-te perdidamente
Um dia!
Viram as lágrimas que escorrem no olhar
Como os rios que se juntam no mar
Como as pétalas das rosas sem vida caídas
Ou as mágoas doridas no peito
Um dia!
João marinheiro 2006
Fotografia de Barcoantigo
Fotografia de Barcoantigo
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